
Por que, poesia, vives dentro de mim
E no de repente queres sair daí assim:
Toda impetuosa e vicejante a expor
As entranhas abstratas do meu ser?
Que oculta substância há em mim
Que te concebe tão forte e contumaz?
Será a dura realidade de minha loucura
Ou uma imensa sentimentalidade sem cura?
Poesia, por que me fazes viver em fantasia?
Por que me contagias com sua malícia?
Por que às vezes me cortas e sangra
Mas meu sangue não derrama?
Poesia, se és do mundo da magia
Mas é em mim que de toda se anima,
Será tudo em mim esquizofrenia?
Ou mesmo uma autopsicografia?
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