Quando criança eu vivia num mundo mágico de fábulas:
Me lembro que fui águia, fui leão, fui guerreiro
E todo dia salvava o mundo dos lobos e feiticeiros.
Mas a corrente do rio da vida me fez adulto, o fardo.
Alguém me disse que os finais não são felizes
E que o mundo é só guerra e desigualdade,
Os livros devorados só me confirmaram os fatos.
Se há tanta maldade, tanta crueldade
Me pergunto assustado: Cadê os deuses?
E uma voz de quem se percebe distante cochicha:
Os deuses, ora, se omitiram diante de atrocidades,
A escravidão, o holocausto, a fome africana...
(...)
Uma pomba rasga o cetim branco do céu;
Uma flor sobrevive à margem de uma rodovia
E Dom Quixote vira cambota dentro de mim.
Me lembro que fui águia, fui leão, fui guerreiro
E todo dia salvava o mundo dos lobos e feiticeiros.
Mas a corrente do rio da vida me fez adulto, o fardo.
Alguém me disse que os finais não são felizes
E que o mundo é só guerra e desigualdade,
Os livros devorados só me confirmaram os fatos.
Se há tanta maldade, tanta crueldade
Me pergunto assustado: Cadê os deuses?
E uma voz de quem se percebe distante cochicha:
Os deuses, ora, se omitiram diante de atrocidades,
A escravidão, o holocausto, a fome africana...
(...)
Uma pomba rasga o cetim branco do céu;
Uma flor sobrevive à margem de uma rodovia
E Dom Quixote vira cambota dentro de mim.